Cardiologia

1 out, 2023 11:48h

Estudo Randomizado: Propafenona conduz à restauração mais rápida do ritmo sinusal vs. amiodarona em arritmias supraventriculares relacionadas ao choque séptico

Desenho e População do Estudo: A pesquisa foi um ensaio controlado paralelo, prospectivo, duplo-cego envolvendo 209 pacientes com choque séptico que apresentavam nova arritmia supraventricular e fração de ejeção ventricular esquerda acima de 35%. Os pacientes foram randomizados para receber propafenona intravenosa (bolus de 70 mg seguido de 400–840 mg/24 h) ou amiodarona (bolus de 300 mg seguido de 600–1800 mg/24 h).

Principais Resultados: Os desfechos primários focaram na proporção de pacientes em ritmo sinusal 24 horas após a infusão, no tempo para a primeira restauração do ritmo sinusal e nas taxas de recorrência de arritmia. Não foi observada diferença significativa nas taxas de ritmo sinusal em 24 horas entre os grupos propafenona (72,8%) e amiodarona (67,3%) (p=0,4). O tempo para a primeira restauração do ritmo foi significativamente menor para o grupo propafenona (mediana de 3,7 horas) em comparação com o grupo amiodarona (mediana de 7,3 horas, p=0,02). A recorrência de arritmia foi notavelmente menor no grupo propafenona (52%) do que no grupo amiodarona (76%, p<0,001). No subgrupo de pacientes com átrio esquerdo dilatado, a amiodarona pareceu ser mais eficaz.

Implicações e Limitações: O estudo sugere que, embora a propafenona não ofereça melhor controle do ritmo em 24 horas em comparação com a amiodarona, ela proporciona cardioversão mais rápida e menos recorrências de arritmia, especialmente em pacientes com átrio esquerdo não dilatado. Não foram observadas diferenças significativas nos desfechos clínicos, como mortalidade na UTI ou a longo prazo. As limitações incluem o potencial subdimensionamento do estudo e a dificuldade em levar em consideração todos os fatores envolvidos na complexa terapia do choque séptico.

Artigo: Balik, M., Maly, M., Brozek, T. et al. Propafenone versus amiodarone for supraventricular arrhythmias in septic shock: a randomised controlled trial. Intensive Care Med (2023)

 

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2 nov, 2020 22:02h

Choosing Wisely: 5 práticas que médicos e pacientes devem questionar em Cardiologia Pediatrica

A iniciativa Choosing Wisely é uma campanha internacional de combate à utilização excessiva e inapropriada de recursos médicos. Em conjunto com a American Academy of Pediatrics, lançou esta nova lista de práticas que devem ser questionadas em Cardiologia Pediátrica. As recomendações são:

 

1 – Não solicitar troponina na avaliação de rotina de dor torácica em crianças na ausência de achados preocupantes na história ou eletrocardiograma.

2 – Não solicitar ecocardiograma na avaliação de dor torácica na ausência de achados preocupantes na história ou eletrocardiograma.

3 – Não solicitar ecocardiograma de rotina na avaliação de síncope na ausência de achados preocupantes na história ou eletrocardiograma.

4 – Não solicitar eletrocardiograma de rotina em crianças que irão iniciar prática de atividade física em crianças saudáveis e sem história pessoal ou familiar de doença cardíaca.

5 – Não solicitar eletrocardiograma de rotina antes da iniciação de tratamento para TDAH em crianças assintomáticas e saudáveis sem história pessoal ou familiar de doença cardíaca.

Fonte:

American Academy of Pediatrics – Section on Cardiology and Cardiac Surgery: Five Things Physicians and Patients Should Question – Choosing Wisely

Listas completas:

Choosing Wisely U.S. / Choosing Wisely UK / Choosing Wisely Australia AND Choosing Wisely Canada

 


2 nov, 2020 11:31h

Inibidores do SGLT2 aumentam o risco de cetoacidose diabética

Os inibidores do SGLT2 são drogas desenvolvidas recentemente para o tratamento do diabetes que vem ganhando aceitação devido a efeitos protetores cardiovasculares e renais.

Neste estudo de coorte populacional envolvendo bases de dados eletrônicas de 7 províncias Canadenses e do Reino Unido o uso de inibidores do SGLT2 foi associado a um risco de cetoacidose diabética aproximadamente 3 vezes maior em comparação com os inibidores da DDP4.

Fonte:

Sodium–Glucose Cotransporter-2 Inhibitors and the Risk for Diabetic Ketoacidosis: A Multicenter Cohort Study – Annals of Internal Medicine (link para o abstract – $ para o artigo na íntegra)

Comentários:

Can You Spot Euglycemic DKA From SGLT-2 Inhibitors? – Journal Feed

Sodium glucose cotransporter-2 inhibitor use associated with increased risk of diabetic ketoacidosis – 2 Minute Medicine

 


1 ago, 2020 18:30h
11 jul, 2020 18:17h

Revisão: Manifestações extrapulmonares do Covid-19

Embora o Coronavirus seja reconhecido principalmente pelas suas manifestações respiratórias, também pode resultar em diversas manifestações extra-pulmonares, incluindo complicações trombóticas, cardíacas, neurológicas, renais, endócrinas, gastrointestinais, oculares e dermatológicas.

Fonte:

Extrapulmonary manifestations of COVID-19 – Nature Medicine

 


24 jun, 2020 21:34h
23 jun, 2020 23:05h

Bloqueadores dos receptores da angiotensina II em Síndrome de Marfan

No seguimento de longo prazo do estudo randomizado COMPARE (COzaar in Marfan Patients Reduces aortic Enlargement), que testou a adição de Losartana ao tratamento habitual (Beta-bloqueadores em 71% dos pacientes), os pacientes que utilizaram Losartana durante todo o período de seguimento tiveram menos desfechos clínicos desfavoráveis como morte e dissecção de aorta.

Fonte:

Long-term clinical outcomes of losartan in patients with Marfan syndrome: follow-up of the multicentre randomized controlled COMPARE trial – European Heart Journal

Estudo Original:

Losartan reduces aortic dilatation rate in adults with Marfan syndrome: a randomized controlled trial – European Heart Journal

 

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