Cardiologia
Estudo Randomizado: Propafenona conduz à restauração mais rápida do ritmo sinusal vs. amiodarona em arritmias supraventriculares relacionadas ao choque séptico
Desenho e População do Estudo: A pesquisa foi um ensaio controlado paralelo, prospectivo, duplo-cego envolvendo 209 pacientes com choque séptico que apresentavam nova arritmia supraventricular e fração de ejeção ventricular esquerda acima de 35%. Os pacientes foram randomizados para receber propafenona intravenosa (bolus de 70 mg seguido de 400–840 mg/24 h) ou amiodarona (bolus de 300 mg seguido de 600–1800 mg/24 h).
Principais Resultados: Os desfechos primários focaram na proporção de pacientes em ritmo sinusal 24 horas após a infusão, no tempo para a primeira restauração do ritmo sinusal e nas taxas de recorrência de arritmia. Não foi observada diferença significativa nas taxas de ritmo sinusal em 24 horas entre os grupos propafenona (72,8%) e amiodarona (67,3%) (p=0,4). O tempo para a primeira restauração do ritmo foi significativamente menor para o grupo propafenona (mediana de 3,7 horas) em comparação com o grupo amiodarona (mediana de 7,3 horas, p=0,02). A recorrência de arritmia foi notavelmente menor no grupo propafenona (52%) do que no grupo amiodarona (76%, p<0,001). No subgrupo de pacientes com átrio esquerdo dilatado, a amiodarona pareceu ser mais eficaz.
Implicações e Limitações: O estudo sugere que, embora a propafenona não ofereça melhor controle do ritmo em 24 horas em comparação com a amiodarona, ela proporciona cardioversão mais rápida e menos recorrências de arritmia, especialmente em pacientes com átrio esquerdo não dilatado. Não foram observadas diferenças significativas nos desfechos clínicos, como mortalidade na UTI ou a longo prazo. As limitações incluem o potencial subdimensionamento do estudo e a dificuldade em levar em consideração todos os fatores envolvidos na complexa terapia do choque séptico.
Comentário no Twitter (com link para artigo na íntegra)
Propafenone💉70 mg bolus+ 400-840 mg/24h vs amiodarone💉300 mg + by 600-1800 mg/24h for SVA in septic shock, RCT
🫀propafenone not better for rhythm control at 24h but excellent hemodynamic safety profile, cardioverting faster & fewer recurrences#FOAMCc
🔓https://t.co/GVuoxPD7Hy pic.twitter.com/rRlj00x71p— Intensive Care Medicine (@yourICM) September 13, 2023
2 nov, 2020 22:02h
Choosing Wisely: 5 práticas que médicos e pacientes devem questionar em Cardiologia Pediatrica
A iniciativa Choosing Wisely é uma campanha internacional de combate à utilização excessiva e inapropriada de recursos médicos. Em conjunto com a American Academy of Pediatrics, lançou esta nova lista de práticas que devem ser questionadas em Cardiologia Pediátrica. As recomendações são:
1 – Não solicitar troponina na avaliação de rotina de dor torácica em crianças na ausência de achados preocupantes na história ou eletrocardiograma.
2 – Não solicitar ecocardiograma na avaliação de dor torácica na ausência de achados preocupantes na história ou eletrocardiograma.
3 – Não solicitar ecocardiograma de rotina na avaliação de síncope na ausência de achados preocupantes na história ou eletrocardiograma.
4 – Não solicitar eletrocardiograma de rotina em crianças que irão iniciar prática de atividade física em crianças saudáveis e sem história pessoal ou familiar de doença cardíaca.
5 – Não solicitar eletrocardiograma de rotina antes da iniciação de tratamento para TDAH em crianças assintomáticas e saudáveis sem história pessoal ou familiar de doença cardíaca.
Fonte:
Listas completas:
Choosing Wisely U.S. / Choosing Wisely UK / Choosing Wisely Australia AND Choosing Wisely Canada
2 nov, 2020 11:31h
Inibidores do SGLT2 aumentam o risco de cetoacidose diabética
Os inibidores do SGLT2 são drogas desenvolvidas recentemente para o tratamento do diabetes que vem ganhando aceitação devido a efeitos protetores cardiovasculares e renais.
Neste estudo de coorte populacional envolvendo bases de dados eletrônicas de 7 províncias Canadenses e do Reino Unido o uso de inibidores do SGLT2 foi associado a um risco de cetoacidose diabética aproximadamente 3 vezes maior em comparação com os inibidores da DDP4.
Fonte:
Sodium–Glucose Cotransporter-2 Inhibitors and the Risk for Diabetic Ketoacidosis: A Multicenter Cohort Study – Annals of Internal Medicine (link para o abstract – $ para o artigo na íntegra)
Comentários:
Can You Spot Euglycemic DKA From SGLT-2 Inhibitors? – Journal Feed
1 ago, 2020 18:30h
Risco cardiovascular e de sangramentos com o uso de anti-inflamatórios após infarto do miocárdio
Neste estudo de coorte populacional incluindo 108.232 pacientes após um primeiro diagnóstico de infarto do miocárdio, o uso de anti-inflamatórios foi associado a um aumento significativo no risco cardiovascular e de sangramentos.
Fonte:
Cardiovascular and Bleeding Risks Associated With Nonsteroidal Anti-Inflammatory Drugs After Myocardial Infarction – Journal of the American College of Cardiology (link para o abstract – $ para o texto integral)
Comentários:
NSAIDs Boost CV, Bleeding Risks in Post-MI Patients – TCTMD
Concomitant NSAID Treatment After MI – American College of Cardiology
11 jul, 2020 18:17h
Revisão: Manifestações extrapulmonares do Covid-19
Embora o Coronavirus seja reconhecido principalmente pelas suas manifestações respiratórias, também pode resultar em diversas manifestações extra-pulmonares, incluindo complicações trombóticas, cardíacas, neurológicas, renais, endócrinas, gastrointestinais, oculares e dermatológicas.
Fonte:
Extrapulmonary manifestations of COVID-19 – Nature Medicine
24 jun, 2020 21:34h
Estudo randomizado: Efeitos da colchicina em desfechos clínicos e parâmetros inflamatórios em pacientes hospitalizados por Covid-19
Neste estudo preliminar com somente 105 pacientes os pacientes que receberam Colchicina tiveram melhora significativa no desfecho de tempo até a deterioração clínica.
Fonte:
Comentário:
23 jun, 2020 23:05h
Bloqueadores dos receptores da angiotensina II em Síndrome de Marfan
No seguimento de longo prazo do estudo randomizado COMPARE (COzaar in Marfan Patients Reduces aortic Enlargement), que testou a adição de Losartana ao tratamento habitual (Beta-bloqueadores em 71% dos pacientes), os pacientes que utilizaram Losartana durante todo o período de seguimento tiveram menos desfechos clínicos desfavoráveis como morte e dissecção de aorta.
Fonte:
Estudo Original:
Comentário no Twitter
Clinical benefit of combined losartan and β-blocker treatment in patients with Marfan syndrome – follow-up of the COMPARE trial https://t.co/lfhrqvacLq@escardio #EHJ #ESC_Young #cardiotwitter @ehj_ed pic.twitter.com/XEHiAfvLOA
— European Society of Cardiology Journals (@ESC_Journals) June 23, 2020